Poema Perplexo

Meu olhar desconfiado esconde pensamentos certos

Que me levam a loucura.

Vigiar e orar, orar e vigiar já não são o bastante.

Me perco, me acho, te beijo, esculacho...

Já não sei mais o que fazer.

Minha imaginação me deixa perplexa,

Sei que somos muito mais do que parecemos ser.

O destino une, separa e trás de volta novamente.

No fundo dos meus olhos, só eu sei o que se passa,

Ao menos tento entender.

Quando o sol não raiar,

Quando o dia não nascer,

Eu estarei aqui,

Na imensidão escura,

Envolta de perplexidade,

Mergulhada na minha loucura

Tentando compreender.

Andar com fé

Andar com fé é saber que cada dia é um recomeço. É saber que temos asas invisíveis e fazer pedido para as estrelas, voltando os olhos para o céu.

Andar com fé é olhar sem termos as portas desconhecidas com a mão estendida para dar e receber.

Andar com fé é usar a força e a coragem que habitam dentro de nós, quando tudo parece acabado.

Tudo, menos o amor, pois este sempre viverá.

Tentei fugir

Prometi não perder meu tempo,

Tentei até resistir a você.

Andei contra o meu próprio tempo,

Escondendo o meu bem-querer.

Meus dias cruzavam lentos

E os teus dias em mim passavam,

Eu fugia o tempo todo

E você corria atrás e ao meu lado.

Minhas desculpas já não saíam

E um peso eu sentia vir,

Não consegui mais desviar meus olhos

Até que vi os seus olhos encima de mim.

Meu mundo quase desabou

Com o peso da minha consciência,

O chão sumiu debaixo dos meus pés

E perdi o resto da minha inocência.